domingo, 28 de outubro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Discurso do Cabo Filipe Pires na apresentação pública do Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande nos Paços do Concelho da Praia da Vitória
Desde logo começámos a treinar arduamente com o objectivo de, um dia envergar a Jaqueta de Forcado e pisar uma arena.
Ao longo do último ano temos vindo a treinar com o objectivo de aperfeiçoarmos os nossos conhecimentos técnicos.
Hoje é um dia histórico para a Praia da Vitória e para a Festa Brava Terceirense.
A criação de um novo Grupo de Forcados na Ilha Terceira dinamizará a Festa, potenciará o aumento do número de Corridas e será mais um atractivo para a Tauromaquia Terceirense.
Fazemos um agradecimento muito especial ao Sr. Presidente da Câmara Municipal pelo apoio que nos tem dado, por nos ceder o velho Campo Municipal para os nossos treinos semanais e por ter o empenho e a coragem de permitir que a Festa volte a ter como palco as Festas Concelhias da Praia da Vitória;
Agradecemos ao Sr. Director Regional do Desenvolvimento Agrário, Eng. Joaquim Pires, um conhecido aficionado, que desde a primeira hora tem apoiado e incentivado a existência do nosso Grupo;
Um agradecimento, também, a todos os Ganaderos que nos têm apoiado e disponibilizado vacas e novilhos para os nossos treinos;
Um Agradecimento a todos os nossos amigos e aficionados que nos têm apoiado e acompanhado na formação deste Grupo;
Um cumprimento especial ao Grupo de Forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, na pessoa do seu Cabo Adalberto Belerique, pela seriedade e correcção com que encarou a existência de um novo Grupo de Forcados na Ilha Terceira.
Infelizmente, as regras rígidas da Associação Nacional de Grupos de Forcados não permitem que a Tertúlia apadrinhe a nossa estreia. Esperamos que, brevemente possamos pegar juntos. Seria uma enorme honra para nós poder pegar com um Grupo com os créditos e historial da Tertúlia Tauromáquica Terceirense.
Um agradecimento muito especial àquele que tem sido o nosso orientador, treinador, conselheiro e amigo e um dos principais responsáveis por estarmos aqui hoje. Ao Duarte Bettencourt muito obrigado.
Por fim uma saudação muito especial aos meus colegas, os 27 elementos do Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande que terão a responsabilidade e a missão de elevar o nome da Praia da Vitória e dignificar as jalecas do Ramo Grande na Arena.
A 07 de Agosto teremos a grande responsabilidade de nos estrearmos em praça pegando três toiros ao lado de duas figuras proeminentes da Tauromaquia.
Tudo faremos para estar à altura de tamanha responsabilidade.
O Forcado tende a observar a Festa com um olhar diferente, muito diferente mesmo, com um olhar de quem anda na Festa por prazer, para se divertir e gozar uma fase da vida espectacular sem esperar nada da Festa em troca, a não ser que o respeitem e reconheçam o seu valor. É isso que pretendemos porque, ao fim e ao Cabo tentaremos ser aquilo que qualquer grupo de forcados é, um Grupo de Amigos muito unido que se junta para pegar Toiros.
Tudo faremos para dignificar a jaqueta que envergamos.
Tudo faremos para dignificar a Festa Brava.
Tudo faremos para dignificar a Praia da Vitória e a Ilha Terceira.
Muito Obrigado
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Como Cresce o Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande
Numa Terra taurina, como a nossa, em que a festa brava tem uma forte dimensão popular e cultural, é certo que muitos sejam os jovens, movidos, não só pela aficion que lhes vai na alma, mas também pelo desejo de experimentar momentos de fortes emoções e de verdadeiro espírito de camaradagem que aspiram um dia vestir uma jaqueta de ramagens.
Ao mesmo tempo um grupo que tenha uma perspectiva de futuro investe na formação dos seus jovens forcados, trabalho exigente e de grande responsabilidade, na medida em que se espera que todos os conhecimentos/competências transmitidos a estes jovens, possam ser sinónimos de valorosos forcados, mas também de aficionados com uma capacidade crítica devidamente fundamentada.
O G.F.A.R.G. apesar da sua juventude, tem demonstrado ser um grupo de amigos com grande dinamismo e tendo conhecimento destas duas realidades, idealiza já o seu grupo juvenil, estando neste momento abertas as inscrições a todos os jovens que anseiam ser os forcados do futuro dos Amadores do Ramo Grande.
forcadosdemontemor.com/galeria_detail.php?nID=6.
Inscreve-te!!!!!
Contactar:
Nuno Pires: 964154905
Filipe Lemos: 967283920
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
A Origem dos Forcados
Foi assim que no século XIX teve formalmente origem a existência dos forcados como conhecemos nos dias de hoje.
Descendem directamente dos antigos Monteiros da Choca, grupo de moços que, com os seus bastões terminando em forquilha ou forcados, defendiam na arena o acesso à escadaria do camarote do Rei, que com o decreto de D. Maria II passaram a ser eles a pegar o toiro, evoluindo o nome de Monteiros da Choca, para Moços de Forcado ou simplesmente Forcados.
A pega já se praticava sem galardões de espectáculo e a sua técnica seguramente já era conhecida mas como tudo sofreu algumas alterações até aos dias de hoje.
Depois da reunião do primeiro elemento com o touro, cabe aos ajudas a tarefa de imobilizar o touro para que a pega se considere realizada.
O rabejador é o responsável por rematar a pega.
A pega
A pega do toiro é também uma forma de toureio, o forcado quando vai para a cara de a um touro sente-se toureiro.
Existem vários tipos de pegas, as mais conhecidas e utilizadas nos nossos dias são a pega de caras e a pega de cernelha.
Na pega de caras, o primeiro elemento, o forcado da cara, tem como objectivo fechar-se na cara do toiro, após se ter fechado a córnea ou a barbela e amortecido o choque da investida. Não se espera que esse forcado segure o toiro sozinho, apenas se lhe exige que aguente os primeiros derrotes com que o toiro o tenta lançar fora, até que o primeiro ajuda ou contra caras ajude a po-lo na cara do toiro, a seguir vêem os pontas de bola ou segundas ajudas, que como o nome indica ajudam cada um no seu corno. Depois vem o rabejador que tem como função segurar e rodar o toiro para que o toiro não saia do grupo e por fim os terceiras ajudas que têm como função fechar para que o toiro pare. Nessa altura a pega é consumada e o touro é libertado, e então o rabejador adorna-se com o toiro.
Também a pega de cernelha obedece a uma técnica. Executada por dois elementos, o cernelheiro e o rabejador, esperam o encabestrar do touro para tentar a sua sorte. Desta feita a tentativa da pega é feita por um elemento agarrado a cernelha do touro e outro ao rabo do touro, com o mesmo objectivo, imobilizar o touro.
A estética está sempre presente. O forcado vale pela sua serenidade e sangue frio, mas também pela sua qualidade artística. Não necessita de invulgar força ou robustez, antes terá de desenvolver qualidades psicológicas, pelo que se diz que a pega é uma escola de virtudes e amizades!
Quando um forcado caminha na arena em direcção ao toiro, sem outra protecção que a confiança na sua destreza, terá de vencer a luta consigo próprio. O medo está sempre presente e a contrapor tem acima de tudo o apoio dos seus companheiros, a dependência um dos outros fá-los ter entre si uma amizade única que os acompanha pela vida fora.
Ass: Filipe Lemos