quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Poema

Este poema foi deixado pelo nosso amigo "Capinha" no hi5 do Miguel. Peço desculpa pela intromissão, pelo "roubo"(peço desculpa aos dois!), mas acho que todos concordam que também ficaria bem aqui!
Não sei quem foi o(a) autor(a), mas ficam aqui os meus parabéns!

"FORCADO

É assim que tudo começa já há musica na praça,
salta para a arena com graça.

Meias brancas de candura · Tira vermelha à cintura.
Jaqueta floreada, para pegar a criatura.
É assim que tudo começa,
Como se fosse uma peça.
É assim que segue a cena.
O barrete já desbotado, traz a alma do forcado.

É esforçado e persistente,
Tem rebeldia, é valente.
Chama Eh Toiro! Mostra o que sente.
É assim que segue a cena,
Como se fosse um poema.
É assim que surge a emoção,
Uns podem dizer que e louco, mas no seu coração sabe a pouco.
A cabeça o toiro começa a erguer,
A terra faz estremecer,
Afinca-se o sentimento, ao desatar a correr.
É assim que surge a emoção,
Como se fosse uma canção.
É assim que se segue em glória...
O Forcado aumenta o respirar, encontra o touro a arfar.
Agarra os cornos em legítima defesa,
Um momento de rara beleza.
Esta feita a pega, linda, brava, com certeza!
É assim que se segue em gloria,
Como se fosse uma historia.
É assim que se acaba em grande.
Aplauso, apupos e euforia, o Forcado solta o toiro com alegria.
Só o rabejador ficou, o grupo todo se afastou.
O público acarinhou,
Voltear a arena, a lide encerrou.
É assim que se acaba em grande,
Como arte que corre no sangue!"

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